BOLETÍN ELECTRÓNICO CIENTÍFICO
DEL NODO BRASILERO
DE INVESTIGADORES COLOMBIANOS
Número 2(Artículo 10), 2000

TÍTULO
Pesca e esforço de pesca dos grandes bagres (Siluriformes: Pimelodidae) em um setor colombiano do Alto Amazonas

TIPO: Dissertação de Mestrado em Ciências Biológicas

AUTOR: Juan Carlos Alonso González juank@inpa.gov.br,juan-ka@uol.com.br

IDIOMA: Português

ORIENTADOR: Prof. Dra. Nidia Noemi Fabré tchoni@internext.com.br

DATA DA DEFESA: 27 de agosto de 1998

AUXÍLIO FINANCEIRO: Instituto Amazónico de Investigaciones Científicas -SINCHI- de Colombia / Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia -INPA- do Brasil (CNPq)

INSTITUIÇÃO QUE OTORGOU O TÍTULO
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do Convênio INPA-UA

PALAVRAS CHAVE: Bagres, Siluriformes, Pimelodidae, Brachyplatystoma

RESUMO
Foi descrita a pesca comercial dos grandes bagres na região de Araracuara (alto rio Japurá, Amazônia Colombiana). Os dados de desembarque diário por pescador coletados entre outubro/95 e outubro/96, foram submetidos a uma técnica de análise multivariada através de Modelos Lineares Gerais (GLM), visando estimativas confiáveis de abundância relativa, e identificando fatores que podem alterar sua capturabilidade. Os resultados indicaram que a atividade pesqueira comercial da região abrange 222 km ao longo do rio, sendo definidos seis pesqueiros dentro destes limites. A produção pesqueira total ( 111. 612 kg) foi o resultado de capturas constantes ao longo do período estudado. Quanto aos aparelhos de pesca, a captura com cordas representam 40,7% da produção total, o arpão 30,8% e a malhadeira 26%. O pesqueiro Cachoeira de Araracuara concentra 52% da produção pesqueira total, obtida com arpão e corda. Nos outros cinco pesqueiros são utilizadas as malhadeiras e as cordas. A piraíba (Brachyplatystoma filamentosum) representou 44,5% do total das capturas e a dourada (Brachyplatystoma flavicans) 37%. Foram registrados 456 pescadores, dos quais 226 pescam na Cachoeira de Araracuara. O ajuste do modelo GLM indicou que a maior parte das variações das capturas de dourada e piraíba na região de Araracuara, são explicadas não somente pelo número de pescadores mas também pelo local de pesca e período hidrológico. Dependendo da área de pesca e do período hidrológico, o aparelho teve influência nas capturas, que também foram influenciadas pela presença constante da piraíba e/ou dourada, resultado da interação entre a dinâmica migratória das duas espécies. Os resultados indicam ainda que a dourada e a piraíba realizam migrações sazonais subindo e descendo o rio conforme o nível da água.

BECNBIC,2(10)2000